sábado, 25 de fevereiro de 2012

Semana após semana ...

... cá me vou aguentando. Desde que escrevi a última vez, já lá vai uma semana, pensei vir cá umas 10 vezes por dia, mas foi impossível. As coisas que iam acontecendo iam mudando o rumo das mihas ideias e dos meus desabafos. Ainda não estou em condições mentais para escrever aqui tudo, por isso fica apenas a ideia de que tem sido um vendaval. O que importa dizer é que entrevistas têm sido muitas e que com elas a motivação e a esperança cresceram um bocadinho. Mas a seu tempo, lá vos contarei.

Há mais de 2 ou 3 semanas que não consigo acordar nem adormecer feliz. Pelo menos não no mesmo dia. Em cada diz que acordei minimamente alegre, algo durante o dia me fez cair no desepero e na angústia, muito pronfundos. Em cada dia que acordei desesperada e desconsolada,  alguma coisa me fez rir o suficiente para me permitir adormecer em menos de um minuto (acreditem, é fantástico). São estas inconstantes situações que me desesperam. Perdi completamente o controlo que quem eu sou e do que vivo. É por isso que digo que agora sou Bipolar, porque me sinto como tal. Enfim.

Hoje já é Sábado (outra vez...) e para variar os fins-de-semana são piores para mim. Pelo facto de acordar e poder ficar na ronha, na cama, o que me lembra do que é realmente a "ronha". Tive tantos momento desses tão bons em Portugal. Em Faro eram maravilhosos. Acordar e poder pensar à vontade em toda a minha vida que nada nela me faria chorar. Era saber que tudo o que faria nesse dia era sair de casa quando me apetecesse para encontrar os "meus importantes" e disfrutar simplesmente do trânsito, dos aviões, das âmbulancias, das nossas gargalhadas no meio de tudo o que nos era tão familiar. (Sei que parece uma descrição estranha, mas essas coisas tão simples fazem-me tanta falta que nem consigo pensar nelas).
Já em Tavira, eram tão serenos os meus acordares. Eram tão calmos, tão ternos. (Não qe tenham sido sempre assim. Quando voltei para Tavira eram simplesmente aterradores. Era insuportável, tal como é aqui, mas já no final, isso foi mudando). Era acordar e saber que estava sol lá fora e ficar feliz com isso. Aqui odeio o Sol. Não o odeio mesmo, porque faz parte de mim e me aquece a pele e me faz fechar os olhos para disfurtar das cores metálicas que dançam dentro das pálpebras. Mas não gosto do Sol aqui, porque me lembra que não estou aí. Lembra-me todas as coisas boas daí. Aqui o Sol faz-me sentir triste.

Também não gosto do Sol porque a Miss Carol não pode apanhar Sol na pele. Temos de andar sempre a fugir do Sol para ela não sofrer com ele. É tão díficil uma pessoa proteger-se dele, no meio da rua. Se tiver Sol temos de estar dentro de algum edíficio onde ele seja inofêncivo para ela. Enfim. Daqui a 2 meses já poderemos ir apanhar banhos de Sol no Hyde Park, porque aí finalmente ela já estará pronta para ele. Até lá ... arranjaremos uma solução.


Beijinho e até breve, meus amigos.

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