domingo, 17 de fevereiro de 2013

All I've got are these photographs ... R.I.P. my baby boo

Faz hoje 2 meses ... 


Despedi-me? Não tive oportunidade.
Já tive tempo de fazer o devido luto? Também não.
Já recuperei? Nem por sombras ...
Já aceitei? ... não sei ... acho que viver tão longe me faz pensar que ele ainda está lá, na nossa casinha, nos cantinhos que ele tanto adorava, a aproveitar o sol e a rotina que o faziam feliz.

Sinto quase que tudo isto foi uma injustiça. Principalmente para ele, o meu pequenino, que foi embora e a partida dele não recebeu toda a atenção que deveria. Pelo menos não da minha parte. Dela sim, claro. Ela era a mãe dele, ela era tudo para ele. E ele era o melhor dos dias dela. Chegar a casa e ser recebida com o amor, a alegria e a devoção daquele ser pequenino tão amigo e fiel. Eu só tive 1 dia para dedicar a minha mágoa e a minha tristeza à morte dele. Só tive umas horas para chorar a falta e a dor de não ter dito adeus. Mas no momento seguinte o chão foi-me tirado de debaixo dos pés e nada mais importava a não ser ela. A saúde dela, a segurança dela, a felicidade dela. A saúde, segurança e felicidade deles, família que estava a lutar por se manter viva. 

Hoje tudo está diferente. Eles passaram por todas estas batalhas, cada um com a sua, e a guerra está quase vencida. Ainda há muitas mazelas, muitas dores, muitos cuidados a ter, mas na verdade o pior já passou para ambos. Se tudo correr bem e o senhor lá de cima permitir, vamos todos ficar bem e viver felizes por muito tempo.

No meio desta guerra só houve uma baixa: tu, meu pequenino. E tudo o que tenho de ti são memórias, lembranças, fotografias e brinquedos deixados espalhados pelos corredores de uma casa que já não é a mesma sem ti. Tudo o que eu tenho, não é suficiente sem ti. Tudo o que eu tenho só aumenta a dor e o aperto no peito que sinto por saber que nunca mais te vou ver, ouvir, agarrar, sentir ... nunca mais te vais encostar às minhas pernas; nunca mais vais encostar o teu focinhozinho a mim e lamber-me o nariz; nunca mais me vais receber em casa como se esse fosse o melhor presente que podias receber; nunca mais me vais fazer sentir que tudo está completo, porque nunca mais estará completo sem ti. Por isso, se ainda te posso pedir alguma coisa, não é que fiques sempre perto de mim, é que nunca abandones a nossa casa. Que nunca deixes de viver lá e de te fazer sentir entre nós. 


Rest in peace, my baby.

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